09/09/2007

Sobre o valedor do povo e o soldo aos ex altos cargos

Nom tenhem sido os dirigentes do BNG muito afortunados nas escolhas que realizam para integrar pessoas ou cobrir postos de responsabilidade. Ejemplos há a esgalha que nom é preciso explicitar. Tampouco o PSOE tivo melhor olho, que nom só tropeza reiteradamente en diferentes pedras que incluso duas vezes nam mesma pedra; tambem desnecesario sinalar. E assím se chega á eleizom de Valedor do Povo a favor de pessoa que, polas proprias manifestazons, evidencia a sua escasa sensibilidade (tal vez nula o incluso inimizade) com a lingua galega, sinal de identidade do nosso povo, do povo ao que ele vai "valer". Há poucos días lia en um escrito do MPDC que intitulava "Quem nos vale do Valedor", que reflicte como resulta muito preocupante o designado como Valedor do Povo por, anunciar as suas dábidas e trabas para o normal emprego do idioma a quem se lhe encomenda "valer".
Como é posivel que os nossos dirigentes no BNG nom estudasem previawente o perfil da pessoa a designar para posto de tal transcendencia? Como se pode introduzir um cavalo de Troia contra do idioma? Nom preciso exprimir o que significa o idiomaa para todos os que nos sentimos galegos e muito menos para o nacionalismo e sendo assim, como se lhe pode "colar" a um partido nacionalista um Valedor que mostra o seu ponco aprecio polo idioma nacional?
As razoes e temores que esgrime o Valedor respecto do idioma e do seu emprego nos tribunais son uma patifada. Faime lembrar aquele célebre juiço em Coimbra no que fronte á injuria denunciada de ter-lhe chamado "filho de puta" opunha-se-que esta expresom carecía de carga injuriosa, que o realmente injurioso é a e som "filho DA puta". Penso que nestes melindres de dúvidas andava o Sr. Valedor. O idioma atopa-se: perfectamente estructurado e para quem nom conheza o significado certo das palavras existen os dicionarios de facil compreensom e manejo aos que recorrer, como facemos em qualquera lingua. A metalinguagem jurídica nom e mais que o recurso para alonxar ao povo do entendemento normal dos escritos e resoluzóns judiciais dos que é, em definitiva, ele ou os individuos que integram, seu destinatario; as resoluzons juiciais deveran ser redigidas no idioma que atende o povo, no idioma de uso normal e os juizes deveriam limitarse a exprimir a suas; soluzons na linguagem compreensivel para seu destinatario na vez de buscar coartadas para rejeitar o uso do galego na Justiza. Infelizmente a Administrazóm de Justica galega, com valiosisimas excepcions, rejeita ou adimite reticentemente o uso do galego; o mesmo TSJ poe atrancos e claramente desanima aos que o empregamos; en proprio tivem que eu proprio tiven que acodir por este motivo em amparo ao TC. A pesar disso há juizes que empregam, ou polo menos respeitan, o idioma, que tenhem tantos ou mais valores que o aquí designado Valedor e que poderiam ocupar esse posto, se se estima que deve ser o perfil adecuado o de um juiz, criterio do que eu discrepo ja que a experiencia e conhezimentos de um juiz nom som precisamente os de "valer" senom os de julgar. Como tivemos um Valedor do Povo excepcional procedente da judicatura, designadamente José Cora, pensa-se em repetir a experiencia, mas coincidia tambem em José Cora ser uma pessoa excepcional, amante do seu povo, sem ridiculos complexos nem badocas actitudes. Até se perdeu no seu día outra escolha, fora de judicatura, como houver sido Isaac Díaz Pardo. A escolha deve fazer-se, nom necessariamente dentro do campo do Direito, entre pessoas com amor ao povo ao aue vai "valer" como característica primordial.
O Sr. Valedor, por dignidade, deveria dimitir ja que na sua mentalidade existen pre-conceitos, dos que ja emergerom o gravísimo do idioma e tambem o pouco aprecio ao profesorado, e resulta claro que podem aflorar ainda mais; os galégos dubidaremos da sua objetividade. E Galiza demandar-lho-á aos incompetentes e imprudentes (adjetivo in mente muito pior do que digo) que o elegirom .
E falando de dignidade, certamente airada nos resta Encarna. Encarna Otero. Que exteriorizou barilmente o sentimento.nacionalista de generosa luta polo nosso povo, rejeitando as medras pessoais. Nas minhas conviccións nacionalistas e de esquerda, de sacrificio polo país, que compartim e continuo a compartilhar com centos de companheiros que arriscamos seguranza e economía na dura luta contra o franquismo e que seguimos a lutar contra o mais rancio espanholismo e centralismo, nom podo compreender que gentes da nossa sensibilidade, procedentes inclusive daquela UPG sempre pronta ao sacrificio, aprovem o privilegio do suplemento económico aos altos cargos, apos do seu cesamento, convertindo o seu paso polo Governo numa injusta "canonjia" a custa do povo a quem dizen servir. Encarna Otero encarna áqueles nacionalistas que em tempos perigosos trabalhamos arreo, sem compesazom económica para lograr um futuro melhor, do que se aproveitam agora gentes desleigadas. Há poucos días considerava desnecesaria a críazóm disse "Encontro Irmandiño" dentro do BNG; mas visto o visto tenho que animar desde aquí a Beiras a reforzarse nesse intento de recuperar ideologicamente o que todos pretendemos do BNG e que alguns militantes, incluso procedentes da UPG (na que eu confiava totalmente), descuidam ou mostran a sua debilidade (tambem poderia escrever de outro jeito).
("A Nosa Terra", nº 1279, do 6 ao 12 de setembro de 2007)

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